O conceito de Vias Ferratas nasceu durante a 1ª e 2ª Guerra Mundial, da necessidade dos soldados escaparem e salvarem suas vidas e também emboscarem seus inimigos. Com diversos tipos de ferros, eles fixavam vias nas paredes rochosas de grandes montanhas pra agilizar a fuga ou facilitar o ataque.
Nessa aventura, Karina Oliani subiu, com sua equipe, quatro Vias Ferratas, uma mais difícil que a outra. A última, chamada Leukerbad-Daubenhorn, é a mais longa e desafiadora dos Alpes e recebe a graduação máxima de dificuldade de uma Via Ferrata.
“Foi bem desafiador, pois a Daubenhorn-Leukerbad é longa, testa sua resistência ao te levar de uma cidade a outra. Você não sobe apenas, atravessa essa cordilheira. A parede mais longa tem características que a tornam extremamente técnica, como uma cachoeira enorme molhando alguns trechos da via e uma caverna que você precisa transpor por exemplo. E ainda por cima, estávamos filmando tudo. Lá é grandioso. As vistas em 360º são fantásticas. Tudo valeu a pena!”, explicou ela.
Antes de conseguir subir a Via Ferrata mais difícil, Karina subiu outras vias com menor dificuldade. “Fizemos as Vias Ferratas: Piz Trovat, Eiger Rotstock (na famosa montanha Eiger) e a Kandersteg-Allmenalp, com uma das paisagens mais espetaculares. A ideia foi usar as outras como treino e aquecimento para finalmente escalar a última, a mais técnica e desafiadora”, explica.
A idealização bem como a produção dessa pauta foi feita pela produtora de Karina, a Pitaya Filmes, e a direção do quadro é da própria Karina. “Temos experiência em produções cinematográficas realizadas sob condições extremas em ambientes selvagens. É preciso ter uma equipe preparada e com bastante experiência para te filmar pendurada numa parede porque a exigência física e mental é grande”, contou ela.