Cheio de historias, cultura, maravilhas naturais e também construídas pelo homem, claro que tinha que começar a explorar esse destino pela famosa cidade de Petra.
Petra é um famoso sítio arqueológico no deserto do sudoeste da Jordânia que fica a 3 horas e meia de Amman, a capital. Datada de aproximadamente 300 a.C., era a capital do Reino Nabateu. Com acesso através de um pequeno desfiladeiro chamado Al Siq, chegamos em túmulos e templos esculpidos em penhascos de arenito rosa. Ela foi esculpida na pedra, o próprio nome da cidade, na atual Jordânia, significa “pedra” em grego. Ao longo do tempo, Petra, berço do povo nabateu, foi conhecida por várias expressões: cidade rosa, rochosa, perdida, das pedras e dos mortos. A estrutura mais conhecida é o Al Khazneh, com 45 metros de altura, que é um templo com uma fachada ornamentada de estilo grego também conhecido como "O Tesouro".
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Foi minha primeira vez nesse país e uma das coisas que estava no topo da lista era o deserto de Wadi Rum, o paraíso para escaladores de rocha. Na companhia de Ahmad Bani Hani, um excelente escalador e guia, fui apresentada de maneira intensa as vias, ao deserto e principalmente a cultura beduína, e aos poucos tomei conhecimento da tamanha riqueza do conhecimento desse povo, que vive até hoje no deserto.
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Chegando no deserto de Wadi Rum, que significa vale alto em árabe, pude entender porque esse pico é o sonho de montanhistas de todo o mundo. O nome Rum vem do aramaico e significa 'alto' ou 'elevado'. Wadi ou para refletir a pronúncia árabe adequada, Uadi, significa vale. Arqueólogos afirmam que maior elevação em Wadi Rum é o monte Dami Um com mais de 1800 m acima do nível do mar. Uma paisagem única e marcante, esse local ganhou fama após o filme Lawrence da Arábia (1962). Fiquei extasiada ao me deparar com aquelas rochas gigantescas, esculpidas pelo vento em milhares de anos - uma sucessão de dunas, rochas e vastidões avermelhadas, uma coisa meio marciana que me deram a sensação de estar em um local intocado pelo homem. Mas ao mesmo tempo, esse deserto se trata de um dos principais pontos turísticos da Jordânia.
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Em Wadi Rum vivi experiências inesquecíveis e intensas: andei de camelo, acampei sob um dos céus mais estrelados que ja vi, jantei acompanhada com beduínos autênticos, os poucos que ainda vivem em cavernas cavadas no arenito. E a conversa estava tao boa que a madeira para a fogueira não deu conta... Ao som do famoso violão árabe de 12 cordas, o Oud, viramos noite a dentro comendo, bebendo e trocando experiencias com nossos amigos beduínos, a luz de velas disfarçava o frio de uma forma mágica.
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Saindo de Wadi Rum seguimos pra Aqaba, uma das principais cidades do país que fica bem próxima a fronteira de Israel, no extremo sul da Jordânia. Esta cidade pitoresca abriga o único porto do país e foi construída às margens do Mar Vermelho. Pra quem ama mergulho Aqaba é um "must go". Com os corais vivos e super coloridos típicos desse mar, ha ainda diversos naufrágios, como o avião militar Hércules C130 que foi afundado em novembro de 2017. Hoje, o C130 se tornou ponto de mergulho clássico e um lar de peixes, corais e organismos marinhos muito explorados pelas escolas de mergulho locais.
Por fim, aproveitamos pra dar uma passadinha no famoso Mar Morto. Para se ter uma ideia de como é fácil boiar, é possível ficar em pé na água e não encostar no chão. Ou de barriga pra baixo e os pés para cima. É super divertido! A flutuação se dá por conta da composição da água, que é muito mais salgada: a concentração normal de sal no oceano gira em torno de 35 gramas por litro. Já no Mar Morto, são 300 gramas por litro. Como a densidade da água é muito maior, isso faz com que a gente tenha uma flutuabilidade positiva absurda! E foi uma delicia pra relaxar e fechar com chave de ouro essa trip a Jordania, nomeada em homenagem ao Rio Jordao.
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Créditos para fotos: David Kaszlokowski , Maximo Kausch e Ahmad BaniHani.
Agradecimentos: Visit Jordan, Ahmad Bani Hani, Global Vision Access, Spot Brasil, Canon Brasil.